terça-feira, 27 de julho de 2010

Muito temos ainda para falar, sobre a alma feminina...

Sobre os papéis que a mulher exerce...
De como ela exerce...
Papéis de filha, de mãe...
De nora, de sogra...
De irmã, de cunhada...

Papéis de dona da casa... de cozinheira, de faxineira...
Papéis de executiva, médica, professora... de todas as profissões

Mulheres que desafiam...
Mulheres dependentes, outras totalmente independentes
Mulheres que se separam e outras que não conseguem por mais que tentem...
Mulheres apaixonadas, sedutoras... que abandonam tudo por um amor...
Mulheres obstinadas... lutadoras...
Mulheres fiéis e outras nem tanto...

Na parábola da águia...
o dilema da mãe que promove o crescimento...
propondo o paradoxo do empurrar para voar...

"A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho. Seu coração trepidava com emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles. 'Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?' – pensou. Esta pergunta eterna estava sem resposta para ela.

Como na tradição da espécie, seu ninho localizava-se no alto de uma saliência, num rochedo escarpado. Abaixo, havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes. A despeito de seus medos, a águia sabia que era tempo. Sua missão materna estava praticamente terminada. Restava uma última tarefa: o empurrão. A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata. Enquanto os filhotes não descobrissem suas asas, não haveria objetivos em suas vidas. Enquanto não aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águias. O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para dar-lhes, era seu supremo amor. E por isso, um a um, ela empurrou, e todos voaram."
(Autor desconhecido)

Por Suely Laitano Nassif

Um comentário:

  1. Suely, podemos começar falando justamente sobre o papel da mãe, aproveitando a parábola da águia.
    Acho que não existe mãe que não se identifique e emocione com essa situação de ter que empurrar os filhos pra vida, soltar os laços, estimulá-los a enfrentar os medos... Às vezes, isso é muito tranquilo, mas às vezes é tão difícil, tão dolorido...
    E nos perguntamos direto o que a águia se pergunta: "Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?"

    É da vida, não tem jeito... e sabemos que nossa obrigação é empurrar. A águia preparou seus filhotes pra isso. E nós, mães, também não podemos empurrar nossos filhos pra vida sem que os tenhamos preparados, pra que não caiam num vôo cego rumo a uma perigosa aterrissagem em território hostil.

    Assim que li a parábola da águia me lembrei de uma outra iniciação sobre a qual Clarissa fala, a dos lobos.
    Veja só:
    “Entre os lobos, quando a mãe deixa os filhotes para ir caçar, os pequenos tentam acompanhá-la para fora da toca, pela trilha abaixo. A mãe rosna para eles, investe contra eles e apavora os filhotes até que eles voltem atabalhoadamente para dentro da toca. A mãe sabe que os filhotes ainda não têm condição de avaliar e pesar outras criaturas. Eles não sabem quem é um predador e quem não é. Com o tempo, ela irá ensiná-los, com rigidez e eficácia.
    A loba ensina aos filhotes, a respeito de predadores:
    Se for ameaçador e maior do que você, fuja; se for mais fraco, pense no que quer fazer; se estiver doente, deixe-o em paz; se tiver espinhos, veneno, presas ou garras aguçadas, recue e vá na direção oposta; se tiver um cheiro bom mas estiver cercado de garras de ferro, passe direto."
    Quando a loba tiver certeza de que essas lições foram assimiladas, ela permitirá que seus filhotes saiam da toca, assim como a águia empurra os seus rochedo abaixo.

    Assim como a águia e também como a loba, temos que iniciar nossos filhos antes de empurrá-los pra vida, mostrando-lhes que o mundo interior, assim como o exterior não são sempre locais propícios.

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