terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lembro-me de ti...


Lembro-me de ti
Nesse instante absoluto,
A vida conduzida por um fio de música.
Intenso e delicado, ele vai-nos fechando num casulo
Onde tudo será permitido.

Se é só isso que podemos ter,
Que seja forte. Que seja único.
Tão íntimo quanto ouvirmos a mesma melodia,
Tendo o mesmo - esplêndido - pensamento.

Lya Luft

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sexalescentes ou … Sexygenários?

Por Tita Teixeira

Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova classe social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade. Os sexalescentes: é a geração que rejeita a palavra “sexagenário”, porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica – parecida com a que, em meados do século 20, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.

Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sentem realizados… Alguns nem sonham em aposentar-se. E os que já o fizeram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra. Desfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabem bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o vôo de um pássaro da janela de um 5.º andar…

Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos “sessenta”, homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos – mandam e-mails com as suas notícias, idéias e vivências.

De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram muda-lo.

Raramente se desfazem em prantos sentimentais.

Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra…

Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo…

Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do esporte. Nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas na década dos sessenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome.

Antes seriam velhos e agora já não o são.

Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias tolas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.

Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios…

Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no século 21…

Fonte: http://www.luispellegrini.com.br/2011/11/11/sexalescentes-ou-sexygenarios/

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Divina Quimera


Sou Quimera, a Ninfa.
Nasci na Antiga Grécia, dos Deuses e Mitos.
Recebi o nome Lasgie e o dom da metamorfose.

Sou Quimera, a Mulher.
Fui enfeitiçada e aprisionada por Malléficus, o Sátiro Narigudo.

Sou Quimera, a Feiticeira.
Hécate, a Deusa Tríplice da Lua, lembrou-me quem eu era e o dom que eu possuía.

Sou Quimera, das Mil Faces.
Sob a forma de uma Cabra, escapei e subi montanhas.
Como uma Leoa lutei por mim e venci os predadores.
Como uma Fêmea-Dragão voei livre no vento e cheguei aos céus.

Sou Quimera, a Deusa.
Como uma Deusa Mãe retornei do Olimpo, viajei no tempo
e atravessei o Portal do Sol Nascente, neste leste.

Sou Quimera, a Mensageira.
Fui enviada pelas Deusas Antigas à montanha dos Desejos Realizados
Para dizer que…

Sou Quimera, sou Você.

A Ninfa, a Mulher, a Feiticeira, a das Mil Faces, a Deusa.
Sou sua Força oculta.
Seu Poder de transformar a realidade.

Somos a Cabra que ultrapassa barreiras.
Somos a Leoa que luta e vence predadores.
Somos a Dracena que conquista a liberdade de ser e conhecer.
Somos a União de Poderes e Forças.

Olhe-me e reconheça-te.
Peça que te darei.

Sou Quimera, a Divina.

BETH MIGUEZ

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um Varal Diferente


De vez em quando, faz-se necessário pendurar algumas coisas ao sol...
Como seria bom poder fazer isso com nossas coisas interiores...
Arejar tristezas... deixar que o vento as leve...
Pôr ao sol nossos afetos para lhes dar mais energia...
Deixar as mãos de nossa alma balançando ao sabor da brisa,
para colher o pólen semeador do belo...

ANA NUNES