sexta-feira, 26 de abril de 2013

Enfim, adulta


Perambulo entre realidade e fantasia 
com destreza de menina levada. 
Afinal, a realidade – disseram-me - 
não passa de um truque. 
Vivo uma como outra, 
outra como uma 
e vice-versa. 

Não questiono mais a possibilidade 
do virtual vir a ser real. 
Não cobro, não espero, não minto. 
Apenas aceito e sinto. 
O que toco pode ser enganoso. 

O intangível, às vezes, me faz feliz de verdade. 
Flerto com a loucura bem de perto, 
e loucamente preservo-me sã. 
Brincar é pra maduros, 
e o grande barato é estar sóbria 
pra sentir tudo com intensidade... 

Escrito por Ana Lúcia Sorrentino 
em 07/11/2010

sexta-feira, 19 de abril de 2013

“Ninho vazio" traz liberdade para o casal e pode reacender a paixão


Considerada por muitas pessoas apenas como um momento de perda, a fase caracterizada pela saída dos filhos de casa também proporciona aos pais mais tempo e disponibilidade para que possam cuidar melhor um do outro e também de si mesmos. Se ainda existe amor, o romance e a sexualidade afloram, mas, se o casamento só se baseava nos filhos, então tende a acabar. 

Após muitos anos de casamento, os filhos já formando suas famílias, o casal entra na etapa conhecida como "ninho vazio". A sensação pode ser de perda, de vazio, e até desencadear uma crise. Mas também se inicia uma fase de liberdade. Os filhos já não requerem tanta dedicação, não é preciso ser só pai e mãe. É hora, mais uma vez, do "enfim sós". Essa experiência pode ser positiva, se houver amor ou amizade, ou difícil.

Alguns partem para uma "nova adolescência". Separam-se ou mudam de trabalho, buscando um novo sentido para a vida. Se o casamento era só para viver os papéis de pai e mãe, vão sentir que acabou. Se não era, podem se apaixonar novamente, viajar juntos, fazer planos. Há mais tempo para ficar a sós e estimular o romance, a sexualidade.

Hoje, aos 60, 70 anos, não somos velhos como eram nossos pais ou avós na mesma idade, que iam morar na casa dos filhos e cuidar dos netos. Temos mais saúde, disposição e, se fomos responsáveis, uma aposentadoria que nos permite curtir a vida, fazendo o que não podíamos enquanto os filhos viviam em casa.

Muitos nessa idade são viúvos ou separados e sentem mais a solidão. Mas é preciso não se prender aos preconceitos e não ligar quando os filhos tentam reprimir, dizendo frases como "Essa roupa não é para sua idade", ou "Você está velho para namorar". Devemos ter bom senso para não cair no ridículo, mas podemos namorar, sair, ter amigos, cuidar da beleza e usar roupas modernas. Não é porque não somos jovens que devemos engordar, não ter vaidade. Uma pessoa com 70, até com 80 anos ou mais, pode ser bonita, saudável e sensual.

Para quem está só, é normal o desejo de ter um companheiro. Sempre se pode encontrar alguém e se apaixonar. O desejo sexual, a libido, não morre com a idade; com os novos medicamentos, então, o que era impossível hoje se tornou viável.

No filme Alguém Tem Que Ceder, da diretora americana Nancy Meyers (59), o ator Jack Nicholson (71) vive um sedutor que só gosta de mulheres jovens, mas nunca se envolve nem se compromete. Conhece então a mãe de uma de suas conquistas, Diane Keaton (63), e tem um caso com ela. É sensível a cena que mostra os dois na cama, conversando como velhos amigos e se amando. Ele vê pela primeira vez o corpo de uma mulher mais velha, mas ainda sensual e bonita. Ela, que estava sozinha havia muito tempo, fica surpresa, mas se apaixona. Quando rompem, sofre como se tivesse 20 anos. No final, reencontram-se e ficam juntos, percebendo que a maturidade, a experiência e a amizade têm seus encantos, que é possível amar sem precisar perseguir a juventude, que em qualquer idade podemos nos envolver e ser felizes, desde que haja amor verdadeiro e a coragem de assumir um compromisso.

Na maturidade, não somos mais obrigados a fazer o que não queremos. Temos de pensar que a saúde emocional é tão importante quanto a física. Então, é o momento de reavaliarmos a vida e perguntarmos: "Do que sinto falta? Se tivesse só um dia de vida, o que eu faria? Como devo viver para ser verdadeiro comigo mesmo?" Nunca é tarde, sempre se pode mudar, se apaixonar por alguém, por uma idéia, por um novo trabalho, conhecer lugares diferentes, aprender algo novo, enfim viver plenamente, como aos 20 anos.

Escrito por Leniza Castello Branco

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Exaltação a ÍSIS


ÍSIS - Deusa Universal 
Deusa do amor e Grande Mãe 
Deusa da Cura e da Magia 
Deusa das Estrelas e da Terra 
Deusa do Mar e dos Navegantes 
Deusa dos Dez Mil Nomes. 

Dea Ex Machina 
Deusa da Maquina Divina 

ÍSIS 
Adorada por muitos através dos tempos 
Filha do Céu e da Terra, 
Partilhou com Osíris o Ventre da Noite Profunda 
O Trono e os Templos do Egito. 

ÍSIS 
Deusa da Morte e do Renascimento 
A Rainha Suprema que teve seu Amado 
Osíris Morto e Despedaçado. 
A Mulher eterna que chorou um Nilo de lágrimas 
Por seu Amor roubado. 
A Deusa Guerreira que procurou por seu Osíris 
Por todos os cantos da Terra Negra. 
A Criadora que reuniu os 14 pedaços espalhados 
E reconstruiu o seu marido. 
A Deusa com Asas que curam todas as feridas 
Soprou a Vida e ressuscitou Osíris. 

ÍSIS 
A Alquimista que fabricou o Falo de Ouro 
E através dele concebeu Horus de Ouro. 
Deusa Mãe que deu à Luz o Filho do Sol, 
Guardiã que protegeu, instruiu e colocou Horus No Trono de seu Pai.



Participei com a Deusa Ísis, na Exposição Poesia da Sucata, na Primavera de 2008, em São Pedro da Serra, Nova Friburgo, RJ. O projeto foi uma incursão pelo universo da reutilização do lixo produzido pela informática. Meu tema foi a história da Deusa Egípcia Ísis, seu marido Osíris e seu filho Horus, fazendo uma analogia à reciclagem, à magia da reutilização.

Por Beth Miguez

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Eu não vou acabar meus dias como muitos casais


Tenho quase que certeza, que desde sempre, pensei com muito cuidado sobre um determinado assunto, que para mim é de real importância. Sempre me impressionou casais, marido e mulher, que não se beijavam e nunca andavam juntos um ao lado do outro, de mãos dadas, conversar menos ainda e quando isso acontecia era para falar o básico. 


Estou falando no passado, porque era criança, mas se falar no presente também me deparo com a mesma cena. Cresci convivendo com pais carinhosos entre eles, abraçavam-se e beijavam-se, sentia vibração neles. Discussões também aconteciam, mas sentia amor! Então, quando vejo hoje casais jovens tendo este comportamento, só me reforça o que sempre achei a respeito e dizia para mim mesma - EU NÃO VOU ACABAR MEUS DIAS COMO MUITOS CASAIS! 

Eu não vou ficar de costas para meu companheiro e ele para mim, um tentando se apoiar no outro sem sabem o que está sendo apoiado, sem saberem por que estão juntos durante tanto tempo, e pior, nunca se questionaram por que ainda estão juntos! Cada minuto da vida é precioso, e deve ser usado para construir em parceria com nosso companheiro, o prazer de uma vida a dois, ajustar as diferenças e buscar a única forma que conheço de ser feliz... 

- ABRIR O CORAÇÃO, E DEIXAR QUE DELE SAIA O QUE DE MAIS BONITO ESTÁ GUARDADO DENTRO!



Escrito por Carmen Quartim